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Os possíveis impactos da guerra nas contas do condomínio.

Em um primeiro momento, pode parecer pretencioso ou até cedo demais querer fazer qualquer projeção ou análise sobre a guerra entre a Rússia com a Ucrânia e ainda opinar sobre os possíveis impactos aos condomínios aqui no Brasil.

Porém, após as primeiras semanas de guerra, não é preciso ser um especialista para perceber que teremos impactos significativos na economia mundial. Ao acompanhar o noticiário, observamos que a escalada da guerra tem sido muito menor do que as movimentações políticas.

Antes de mais nada, adiantamos que não somos especialistas em guerra, quando não entraremos no mérito de suas causas, e muito menos queremos criar projeções complexas sobre o panorama macroeconômico global.

Qualquer gestor, ainda que apenas de um condomínio, necessita de parâmetros para pautar as suas tomadas de decisões. Então, aqui pontuaremos alguns cenários e questões que os síndicos precisam acompanhar de perto:

  1. Cotação do barril de petróleo e do dólar. Não é novidade para ninguém, com similaridade durante a pandemia, que o preço de muitos produtos sofrem a influência do câmbio internacional. A inflação impacta diretamente o orçamento dos condomínios principalmente na manutenção de equipamentos eletrônicos. Já a alta dos combustíveis impactam sobretudo os custos da energia e de materiais de consumo, principalmente considerando que temos uma malha de transporte predominantemente rodoviária.
  2. Embargos e comércio exterior. Com os embargos internacionais impostos por diversos países a economia russa, produtos podem sofrer impactos de escassez ou até ficarem mais caros, como é o caso dos fertilizantes, comprado pelo Brasil principalmente da Rússia. Sem opção a curto prazo, o Brasil ficará refém de um insumo essencial para a agricultura, pressionando ainda mais a inflação interna.
  3. Participação da China na guerra. Até o momento, a China se demonstrou imparcial. Contudo, é nítido, até esse momento, o interesse do ocidente em investir todos os esforços possíveis até algum recuo da Rússia. Caso essa imparcialidade não se sustente ou a China tenda ao lado russo, retaliando o mercado internacional, certamente a economia mundial cairá em uma tensão sem precedentes, sendo impossível prever as consequências.
  4. Escalada da guerra e seu período. Até o momento, o ápice da guerra foi a ameaça russas de uma guerra nuclear. Até um analista mais pessimista duvidaria desse rumo da guerra. Contudo, ao mesmo tempo, ninguém aposta em um recuo russo ou norte americano tão cedo. Nesse ponto, é importantíssimo observar o quanto a guerra avança e tentar prever quando e como será o seu desfecho. Quanto mais a guerra e as medidas se prolongarem, mesmo os países se esforçando para se adaptarem, os prejuízos serão incalculáveis a nível mundial.

Apesar da participação brasileira da guerra ser muito remota, tal como sermos atingidos diretamente, os impactos na economia serão inevitáveis. Certamente, isso deixará a economia com pontos de instabilidade, causando consequências de diferentes naturezas no orçamento e na manutenção do condomínio. Então, listamos algumas dicas de como se proteger de possíveis oscilações econômicas:

  1. Seja mais conservador na sua previsão orçamentária! Construa um caixa capaz de suportar momentos conturbados. Quando possível, reduza os custos desnecessários. Evite utilizar o fundo de reserva. Ele pode ser fundamental em emergências e caos econômico.
  2. Evite obras longas. Não esqueça que a pandemia ainda não acabou. Como, mais do que nunca, não sabemos o dia de amanhã, temos dois fatores externos muito relevantes que podem dificultar o andamento de qualquer obra seja inviabilizando economicamente, com a disparada de preços, ou até com interrupções por questões de saúde e segurança.
  3. Monitore os indicadores econômicos! A partir da imprevisibilidade do cenário econômico e político, acompanhe o noticiários nacionais e internacionais. Da mesma forma, mês a mês, observe os indicadores econômicos como índices de preços, taxa de desemprego e previsões dos dissídios e reajustes dos serviços públicos como energia, combustíveis, água e telefonia.
  4. Monitore os seus índices de inadimplência e o caixa do condomínio. Esses são os principais termômetros de um condomínio sadio. O caixa do condomínio precisa estar positivo, com saldo na conta orçamentária e fundo de reserva preservado. É comum e suportável a oscilação anual de uma inadimplência em torno de 10%. Qualquer oscilação maior para cima em um período menor, deve ser reportado e estudado contramedidas para evitar uma ruptura financeira. Principalmente em condomínios com caixa baixo.
  5. Comunique! No primeiro indício de desequilíbrio entre as contas do condomínio e suas obrigações, convoque o conselho e, dependendo do caso, convoque uma assembleia. Nessa oportunidade, os moradores deverão discutir a possibilidade de redução de custos ou aumentos pontuais ou temporários para equilibrar as contas. Um condomínio sem recursos oferece risco a segurança dos moradores e causar prejuízos a níveis exponenciais.
  6. Mantenha o diálogo com os moradores. Apesar de todas as medidas, é fundamental que o síndico conheça a situação dos moradores e possa criar medidas que melhor atenda as condições e as suas expectativas. Com isso, é uma boa medida conhecer os moradores e ouvir o que eles pensam a todo momento. Um bate papo na administração ou nos corredores do condomínio já pode oferecer informações valiosíssimas para sua tomada de decisão.

Apesar de toda preocupação, certamente os impactos, se existirem, não virão da noite para o dia. Ainda devemos acompanhar as ações dos governos na tentativa de mitigar os riscos e criar condições menos difíceis. Não podemos esquecer que em um mundo fortemente globalizado, com distribuir a produção mundial, uma bomba que explode no hemisfério norte pode reverberar no sul no mesmo dia.

Sabemos ainda que você tem muita coisa para resolver no seu condomínio. São centenas de assuntos novos todos os dias, que nem sempre é possível acompanhar o que acontece na sua cidade, quanto mais em outro país. Por isso, conte com seus colaboradores, prestadores de serviço e crie o hábito de monitorar o funcionamento do seu condomínio. Um bom gestor não apenas toma as decisões corretas, mas no momento certo!

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